quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Nossa mudança

A tempos não escrevo neste blog, mas conto com a compreensão dos amigos, pois
eu não sou escritor e não faço disso uma função, escrevo no meu tempo de acordo
com o andamento das minhas reflexões e inspirações.
Esta semana tive o prazer de assistir no canal GNT, um documentário intitulado
"Nosso Planeta, nossa casa", que acabou mexendo muito comigo, e se tornou
razão principal deste post, por motivos óbvios:
Estamos esgotando as fontes naturais do nosso planeta.

Não que eu não tenha assistido muitos outros documentários à esse respeito,
e acredito que muitos que estão lendo esse texto já assistiram,ou sabem por outras fontes, sobre algumas questões ligadas
a destruição do nosso planeta, mas ESSE documentário
me balançou e me trouxe outras questões que gostaria de compartilhar.
Percebo que na maioria dos documentários e matérias sobre questões ambientais, o que mais se ouve é:
"Precisamos mudar, agora!". Imagino que TODOS tenham escutado isso alguma vez
e ainda que não tenham escutado, não parece novidade de que precisamos tomar alguma iniciativa pela mudança
de velhos hábitos que prejudicam o coletivo.
A grande questão é: Estando na Era da comunicação, da democratização da informação,
da Globalização desenfreada e sabendo das mazelas que nos cercam, porque se torna tão difícil tomarmos atitudes
convincentes que mudem de fato a nossa realidade?
Sei que muitas pessoas ignoram (no sentido de não ter conhecimento), o fato de que
algumas coisas nos prejudicam e que grande parte da população não é corretamente
educada, mas e essa grande fatia de pessoas "conscientes" e "antenadas"?
Ou simplesmente quem teve acesso a uma educação mais privilegiada?
O que nós estamos fazendo para mudar a nossa realidade?
"Mudar", mesmo quando não somos ignorantes, não é missão tão simples.
Muitos se apoiam no argumento de que estamos a todo momento sendo bombardeados
de informações que nos padronizam e que nos enquadram neste sistema falido.
O que não deixa de ser verdade, mas esse não seria um argumento preguiçoso e acomodado?
Já não temos as ferramentas para minimizar os impactos que causamos ao mundo?
Diferente da geração dos meus pais, a minha geração, e posso estender também
à galera que está na faixa dos 35 anos, tem a vantagem de ter maior facilidade
para as novas tecnologias, trazendo assim um grande acúmulo de informações.
Acumular informação, diga-se de passagem, nada tem haver com ser culto, pois
o imenso volume de informações também fez com que grande parte das mesmas se tornassem
descartáveis para muitas pessoas.
Concluo, portanto, que essa "nova geração" tem uma capacidade fantástica de absorver novas
informações, mas reage de forma muito lenta para filtrar e executar ações
conscientes baseadas no material construtivo e necessário que os meios de comunicação nos oferecem.
Ou seja, só é absorvido o que nos convém ou
aquilo que nos mantém no nosso estado de falso conforto.
Essa sensação de que "alguém vai resolver" nos mantém aprisionados no nosso mar de egoísmo.
Nossas mentes estão acomodadas pensando e pensando sem parar.
Poderíamos ficar toda a vida discutindo essas questões, o que seria muito
agradável e enriquecedor, mas e quanto as atitudes?
Vamos esperar essa doença que nos atacou progredir para cura-la?
Talvez vocês pensem: "Mas diga aí espertão! O que você acha que podemos fazer?"
Eu posso listar rapidamente um série de atitudes que, fariam uma tremenda
diferença, não só no nosso país, mas na nossa qualidade de vida.

Façam um teste consigo mesmos e vejam se o que está listado é mistério pra alguém ou super novidade.
Façam um balanço de quantas atitudes da lista você pratica e reflitam se existe equilíbrio no seu circulo.
- Separar o lixo corretamente e fazer contato com uma
cooperativa de reciclagem para recolher o lixo
- Separar o óleo caseiro para fabricação de Diesel vegetal
- Reduzir o consumo de produtos nocivos à camada de ozônio
- Utilizar mais os meio de transporte públicos e alternativos(bicicletas, skates, etc.)
- Praticar gentileza
- Praticar compaixão e paciência
- Economizar água e luz ( reduzir o tempo de banho, manter aparelhos desligados, etc.)
- Trocar o tempo na frente da TV e computador, por livros e atividades físicas
- Reduzir o consumo de doces, refrigerantes, cigarros, bebidas alcoólicas e drogas em geral
- Modificar os hábitos alimentares comuns por opções mais saudáveis

- Optar por empresas que tenham programas com meio ambiente
- Dar preferência por alimentos orgânicos ou de pequenos produtores
- Plantar flores e árvores na sua rua, casa ou ambiente de trabalho
- Conscientizar colegas de trabalho sobre a separação do lixo no trabalho e em casa
- Reduzir a utilização de sacolas plásticas
- Consumir menos material tecnológico
- Optar por veículos menos poluentes
E muitas outras atitudes nada impossíveis ou superdifíceis, quanto
se sabe que o momento que estamos atravessando na questão
ambiental e humana é séria e preocupante .
Nós estamos expostos a uma quantidade tão grande de lixo (auditivo, gustativo, olfativo e visual)
que a impressão que tenho é que só haverá movimento para melhorar o coletivo
quando a merda estiver entrando pela boca.
Aí se apresenta a grande ironia deste fato, pois maior parte desse lixo é produzido por nós,
porque estamos cada vez mais consumindo de maneira desvairada e irracional.
Não acho que falta de informação possa ser atribuída ao nosso caso.
Talvez alguns tópicos acima não cheguem a uma parcela da população, mas é
nossa responsabilidade dar o exemplo para educar esse povo.
Eu acredito que mudar é um exercício que deve ser praticado periodicamente, pois
é uma boa oportunidade de experimentarmos novos conceitos e ainda nos possibilita
enxergar de forma mais clara os padrões ao qual estávamos amarrados.
Abandonar ou interromper velhos hábitos podem nos mostrar o quanto somos
dependentes de coisas pouco importantes.
Praticar o Amor com tudo o que nos cerca deve ser a nossa missão.
Exercitar a mudança é fundamental nesse processo.
Por isso tive a idéia de criar um grupo que pratica pequenas mudanças, e compartilhar
seus resultados, no intuito de mudar não só a nossa realidade, mas também, ao compartilhar
esses resultados, que outras pessoas possam se inspirar e criar algo positivo
dentro do meio em que estamos.
Fico por aqui. Em breve divulgarei como vou organizar esse processo, que provavelmente
vai funcionar através de um fórum. Quem quiser se juntar pra somar as experiências, será
muito bem vindo.
ALOHA!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Real Ação


Poderia manter comigo as idéias e reflexões contidas nas linhas seguintes, mas se algo fizer diferença de maneira positiva para alguém que as leia, estarei ainda mais feliz por tê-las escrito.

Aqueles que me conhecem, sabem bem o meu apreço por assuntos da ordem espiritual, exotérica e existencial, pois de fato é o assunto do momento. Sempre que "viajamos" em debates fervorosos ou conversas aprazíveis, e de muito enriquecimento pessoal, diga-se de passagem, eu termino o assunto muito animado com a troca.

Após muitos anos de reflexão, observação e aprendizado com as mais diversas tradições, com a minha família, amigos e ex-namoradas(graças a Deus também inclusas na categoria "amigas"), não me coloco aqui em uma posição definitiva sobre quaisquer assuntos citados anteriormente, mas acho que já tenho alguns fundamentos, dentro das minhas experiências, para uma análise mais profunda sobre a minha existência e a minha relação com todos aqueles que me cercam.

"Relação" é o tema principal deste texto e das minhas recentes reflexões. Afinal todo o universo se desenvolve através de relações complexas, decorrentes do movimento inicial, seja ele o Big Bang, a Dança de Shiva, sopro divino ou qualquer outra crença.

Na música, dizemos que Relação é o intervalo entre dois sons, mas foi no dicionário que achei a definição mais interessante: "Conexão entre dois objetos, fenômenos ou quantidades, tal que a modificação de um deles importa na modificação do outro."

Não que isso seja uma grande novidade para alguns cientistas analisando átomos, ou para povos mais antigos em suas meditações, de que estamos conectados a uma grande rede e na essência somos um só. Temos plena responsabilidade por aquilo que nos ocorre e também pelo próximo, pois tudo o que acontecerao outro também chegará a nós através da ressonância deste grande teia.

Tento em vista este conhecimento, que é tão amplo em teoria e pode oferecer certo tipo de pressãoa uns e outros, tenho cada vez mais foco em trabalhar as minhas relações, visando assumir as minhas responsabilidades.

Na teoria parece muito fácil de realizar, mas a prática de atitudes transformadoras, talvez seja o maior desafio de todos, quando a mente se encontra muito satisfeita no "pensar".

Quando digo atitudes transformadoras, falo em práticas com a consciência elevada, falo em "Eu superior". Viver "aqui e agora" talvez seja a chave e o grande exercício, e mesmo acreditando que esta seja a nossa única opção, estou convicto de que não vivemos plenamente conectados ao nosso divino, e por isso não estamos experenciando ao "aqui e agora" sagrado, e sim ao que a nossa mente julga ser Real, sendo assim somos incapazes de criar relações mais profundas e verdadeiras.

Não cheguei a este pensamento através da observação de atitudes isoladas ou questões pontuais, mas sim observando os movimentos cíclicos dentro das diversas sociedades. É simples perceber que as relações acabam sendo baseadas no jogo de quem ganha mais ou quem perde menos, e não no valor da troca verdadeira.

Quando falo em "Relações" e "troca", não estou me referindo especificamente as relações entre homem e mulher (em alguns casos homem/homem e mulher/mulher), mas sim ao conjunto total de relações que nos cercam, homem-natureza, homem-família, homem-saúde, etc.

Se formos analisar relações afetivas, notaremos que homens e mulheres tem dificuldade de se relacionarem, e falo isso por mim, pois nunca apreciei muito as “jogatinas amorosas”, e por isso ainda tenho dificuldade de criar novas relações, assim, em diversas situações, esbarro nos "joguinhos clássicos" e acabo perdendo o interesse.

A grande lição que tiro para mim, é: Não adianta esperar que o outro compreenda o seu processo. Agir sempre de forma pura e bem intencionada. O Universo tratará de nos aproximar de pessoas, naturezas e situações, que vibram na mesma frequência que nós. É importante ficar atento e ser tolerante com aqueles que, por nosso pré conceito, pareçam não fazer parte do nosso universo, pois o ser humano tem a incrível capacidade de se transformar e surpreender. A matemática divina e perfeita, se encarrega do resto.

Acho que todos já experimentaram, ou ainda vão experimentar, uma grande prova de que o Amor verdadeiro é a base da relação divina consigo e com o outro. Quem já teve um grande amor deve compreender perfeitamente.

É como uma onda avassaladora que sobrepuja qualquer tipo de conceito ou pré conceito.

Assim como a mente precisa ser alimentada de bons pensamentos, o corpo de bons alimentos, as plantas de luz e água, as relações precisam de amor, pois assim como o corpo, se não forem bem alimentadas, estarão sempre doentes. Essa "fórmula" pode parecer um tanto obvia se você pensar na relação entre duas pessoas, mas é tão óbvia quanto difícil de se aplicar durante um longo prazo de tempo em todos os âmbitos da vida.

Na verdade, falei no Amor entre duas pessoas somente para ilustrar a possibilidade do Amor pleno,aquele acima dos padrões limitadores, por tudo aquilo que nos cerca. Criar uma relação divina com o Total.

Ainda existe a possibilidade de termos que trabalhar mais no estágio superficial mesmo, e que isso não soe como uma diminuição deste momento, pelo contrário, sou muito grato e me sinto muito honrado por compartilhar esse momento evolutivo com todos os seres.

Finalizo vibrando o melhor para todos que me cercam e estão juntos nessa jornada. Continuo atraindo para a minha vida situações muito peculiares, e desejo que todos nós tenhamos sabedoria para enxergar, com uma visão mais ampla, aquilo que atraímos.

Por todas as minhas relações. Aho!